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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Eu e a morte - novas compreensões



         No dia que meu tio morreu, eu não fiquei tendo medo da morte, é estranho que uma pessoa morra, mas ao mesmo tempo não me pareceu tão mortal assim. Parecia tão grande a clareza de que ele apenas mudava de plano.
         Na verdade acho que ele era muito cabeça dura, teimoso, e excepcionalmente inteligente, mas aí a vida ensina, que inteligência intelctiva, só assim, não resolve. A gente precisa de mais do que isso, precisa de fé e humildade.
        Acho que ele deve estar agora batendo cabeça, querendo explicar o fenômeno da morte por vias racionais, enquanto irmãos de luz tentam lhe propor nova compreensão dos fatos.
       O que ele tinha era doçura, ah o pessoal vai sentir falta desse cabeçudo, porém doce, companheiro.

O banheiro do quarto andar - Imaginações.



          Atualmente os banheiros do quarto andar - onde ficam as salas dos professores- da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG, conhecida como FAFICH,  estão proibidos para os alunos. Cada professor carrega consigo mais uma chave em uma de suas pencas, a chave do banheiro ( surreal). Isso aconteceu porque um aluno repleto de energia, quis expressar sua revolta, ou mesmo testar a própria capacidade para transgredir, defecando na pia de um dos banheiros. 
          Enfim, eu estava no quarto andar, já que sou monitora de um professor, apertada para fazer o vulgo xixi, já pensando, "ai que saco! acabei de subir e vou ter que descer de novo!" quando encontro um banheiro feminino, com as portas bem abertas. Entro para o objetivo proposto. Eis que uma professora, das mais agradáveis para não dizer o contrário, entra e me diz: "você não sabe que este banheiro é proibido para aluno?" 
          Eu havia saído do centro academico de história onde ouvia um som super animado de Little Richard, e ainda embalada pela alegria do som, olhei fixo no olhos dela, comecei a me mexer, segundo a música que reverberava no meu corpo, tentando seduzi-la, repleta de misricordia por aquele ser tão humanamente infantil. E dancei, mas ela não se deixou seduzir, talvez se ela ouvisse a música pudesse se animar mais...             
         Insultou-me de uma ou duas maneiras, mas mantive firme meu argumento, não perdi o movimento, ao contrário, este se tornava mais frenético à medida que ela se impacientava. 
Oh baby, foi demais!