Total de visualizações de página

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Projetos para diário filmado



Em primeira mão, vou fazer um diário filmado que vai servir mais para mim do que para os outros, isso porque eu não posso entrar dentro de ninguém para saber do que é que cada pessoa precisa, e ainda sim cada um precisa de uma coisa diferente, então não tem jeito de fazer diferente. Pode ser que por afinidade, o que sirva para mim sirva para mais alguém, mas isso é consequência.

Projeto 1: Cachoeiras de minas:  um dos projetos é ir em busca de cachoeiras em minas gerais, tem várias cachoeiras pertinho de mim, e não sei porque, mas fui em algumas poucas, e mesmo assim não saberia o caminho de qualquer cachoeira que não cobre  taxa para entrar.
Taxas e mais taxas, esse projeto continua com a seguinte frase: "curtindo ao máximo e gastando o mínimo", isso é devido a condição financeira atual em que me encontro.

Projeto 2: Entrevistas: algumas pessoas chamam a atenção pela história que construíram. Além disso vou fazer contrastes, entrevistar extremos, por exemplo, um militar e um militante do período da ditadura, uma pessoa que saiu da roça para estudar e outra que nasceu em berço de ouro e sei lá o que fez da vida, vou saber.

Projeto 3; Diário diário: vou me filmar para registrar meus sonhos interrogações e pensamentos, que servirão de material para novos projetos.

Projeto 4 ; Cotidiano invisível : Filmar o cotidiano que passa despercebido, as formigas por exemplo, porque elas fazem coisas incríveis.
 

Nova Fase


Agora vou começar a fase diário filmado.

Estamos na era da imagem, bombas de informações, consumo e superficialidade, superficialidade gera vazio, vazio gera depressão, e depressão gera consumo.

A leitura não foi abandonada, mas é mais fácil ligar o botão da tv, e assistir passivamente qualquer coisa do que abrir a página de um livro e entrar nele. Assim parece, mas talvez não seja bem verdade para todos, assim como eu prefiro suco de frutas do que refrigerante, e nem consigo entender porque as pessoas preferem o contrário.

Comida  industrializada, couve picada na prateleira do supermercado; fazer comida dá trabalho, e com a depressão a vontade de preparar qualquer coisa desaparece, então entra lasanha no microondas, sai pronta, gosto? muito pouco. Farinha branca, pouca verdura, refri, mais depressão. Liga o pc, corpo flácido, amizades virtuais, estorias de alegria e fantasia... drogas, sexo, depressão.

Entre consumo e aparências fica esse abismo chamado depressão. Não se pode atravessar para o outro lado da existência; a vida fica quadrada como a mente que temos. Somos como frangos apesar da tecnologia. Então se é para abater ou botar ovos, tanto faz, assim poderiam nos enxergar os alienígenas.
O que é que falta nisso tudo?  Falta conferir sentido a própria existência, falta Deus, falta amor, falta contato, falta história, fundamento, falta perguntar, falta confrontar, arriscar, pular, soltar a corda, espontaneidade, experimentar, respirar, exercitar, arriscar. Falta fazer com que a imagem não seja apenas hipnose. Se é oco, então falta botar recheio, e recheio é o melhor do bolo.

Então é isso que vou fazer, com minha filmadora: rechear o bolo. E pode até ser que eu, tendo ainda pouco preparo, deixe o bolo desmoronar, então da-lhe mais recheio para colar, e morangos para enfeitar. Assim teremos sabor, cor e contraste.