Parece que minha criatividade tá murcha, sei lá, vai ver é o frio, pode ser que seja outras coisas, mas fica melhor achar que é o frio.
Se bem que ainda é outono!
Bom, verei se ainda é possível espremer algum caldinho, até o inverno.
Abraços queridos leitores!
Lígia, esses versos eu escrevi em 1981. Uma sensação de vazio que preenche a gente de vez em quando, mas passa. (acho que era por que a minha antiga namorada havia brigado comigo ou uma revolta contra o sistema). o Fato é que deu um branco, um vácuo de idéias. Isso é corriqueiro. Faz parte das nossas inquietações com a vastidão do mundo. Depois vem o sol e aquece os pensamentos novamente. Ele está sempre aí.
ResponderExcluirDE QUANDO EM QUANDO
De quando em quando
Me aparecem sinais
Inquietantes, portadores
De sensações alvas.
Olhando em torno das coisas que não faço
Daquilo que outros fazem
Dá um fundo, sem ar, sem nada.
E dá vontade
Não, não é o cansaço
Não é o temor de sentir dor
É o inconsolo de só ser
A grande busca de não ser só.
Ora, enquanto as paredes não caírem
Enquanto não ruírem as solidezes,
Que, apesar de podres, são sólidas,
Aparecerão autocríticas
Não é vazio, não.
Afinal,
A consciência não é mera obra do acaso.
06/03/81
Um abraço. Paz e bem.