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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Nova Fase


Agora vou começar a fase diário filmado.

Estamos na era da imagem, bombas de informações, consumo e superficialidade, superficialidade gera vazio, vazio gera depressão, e depressão gera consumo.

A leitura não foi abandonada, mas é mais fácil ligar o botão da tv, e assistir passivamente qualquer coisa do que abrir a página de um livro e entrar nele. Assim parece, mas talvez não seja bem verdade para todos, assim como eu prefiro suco de frutas do que refrigerante, e nem consigo entender porque as pessoas preferem o contrário.

Comida  industrializada, couve picada na prateleira do supermercado; fazer comida dá trabalho, e com a depressão a vontade de preparar qualquer coisa desaparece, então entra lasanha no microondas, sai pronta, gosto? muito pouco. Farinha branca, pouca verdura, refri, mais depressão. Liga o pc, corpo flácido, amizades virtuais, estorias de alegria e fantasia... drogas, sexo, depressão.

Entre consumo e aparências fica esse abismo chamado depressão. Não se pode atravessar para o outro lado da existência; a vida fica quadrada como a mente que temos. Somos como frangos apesar da tecnologia. Então se é para abater ou botar ovos, tanto faz, assim poderiam nos enxergar os alienígenas.
O que é que falta nisso tudo?  Falta conferir sentido a própria existência, falta Deus, falta amor, falta contato, falta história, fundamento, falta perguntar, falta confrontar, arriscar, pular, soltar a corda, espontaneidade, experimentar, respirar, exercitar, arriscar. Falta fazer com que a imagem não seja apenas hipnose. Se é oco, então falta botar recheio, e recheio é o melhor do bolo.

Então é isso que vou fazer, com minha filmadora: rechear o bolo. E pode até ser que eu, tendo ainda pouco preparo, deixe o bolo desmoronar, então da-lhe mais recheio para colar, e morangos para enfeitar. Assim teremos sabor, cor e contraste.

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