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quinta-feira, 21 de julho de 2016

Bebês




São tempos felizes, desempregados mas felizes.Comemos comida caseira todos os dias, temos um cachorro de 10 anos ainda saudável cujas despesas veterinárias são pagas pelos donos originais.


Tenho fé de que as finanças vão melhorar, e assim com fé consigo viver um dia de cada vez, seguindo aquele versículo que diz: a cada dia basta o seu mal. 


E é assim mesmo, estou aprendendo a viver a realidade. Quando me vêm as imaginações de nuvens, estou praticando o voltar ao  chão, que é onde tudo é possível de acontecer. No chão é que se vive.


Posso me emocionar, e ficar com um pouco de raiva, não muita atualmente, pois tenho dormido bem, vejo filmes, séries, e tenho sido psicóloga, trabalhado com liberdade, pouco dinheiro, mas com liberdade, e acima de tudo tenho tido muita fé, tudo isso faz com que eu tenha pouca raiva. Às vezes quero comprar alguma coisa, mas volto para a realidade e me preencho com o que tenho.  


O que me pega agora são os filhos, as crianças, a vida, tão delicada, frágil e dual. Acho que com um pouco de estabilidade, mesmo que com o esposo desempregado há um ano e meio, (ou mais, é sempre difícil de assumir o tempo verdadeiro), e prestes a formalizar meu casamento, ( vamos casar apesar desta dificuldade) eu e ele desejamos agora ter filhos (apesar do mundo que é mal).


Os pais são assim, egoístas posso dizer, porque os filhos passam a ser as nossas alegrias, e as nossas tristezas são aplacadas pois tem-se um motivo para viver: viver e sofrer para eles. Às vezes eu sei, deve cansar e dar vontade de voltar aos dias tranquilos com poucas preocupações, como o dia de hoje.


Mas enfim, posso fazer nascer problemas de minhas entranhas, problemas com amor, sorrisos, mas também muita dor, pois certo é que não há ser humano que passe   no mundo sem doer.  Algumas fases muito em outras menos para algumas vidas. Posso eu fazer isto? Acho que só é justo trazer um ser humano à vida, se realmente nos dedicarmos à felicidade dele, pois se ele está feliz ou triste, foi nossa a decisão de traze-lo à vida.


Mas é assim, queremos o filho para preencher de cores novas a nossa casa, e também para brincar de imaginar, de colorir, para tomar mais sorvete e comer mais batata frita, para isso também queremos filhos, para viver esses prazeres com um novo sorriso, e também chorar novas lágrimas.


É assim.


Mas bom mesmo deve ser o ser avó, pena que nem filhos tenho ainda! Pelo andar da carruagem acho que vou ser obrigada a encoraja-los que tenham filhos ainda bem jovens, caso contrário a mãe pode morrer antes de virar avó!


Mas isso já são nuvens...deixa prá lá!





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