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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Morte Parte I (versão II)


Choca, e vem para todos. Para os mais vivos, para os mais próximos e mais queridos.

O mais difícil talvez não seja morrer, mas ficar para trás.

O melhor seria se, para todos, ela viesse quando já estivéssemos com vontade mesmo de ir, já satisfeitos de tanto viver.

Quando se parte de repente, dói mais do que quando se vai indo degarinho, e quanto mais jovem, dói mais do que quando é um velhinho. E quanto mais próximo, tanto pior.

Quem fica chora, e se é ente muito querido, chora alto, durante muito tempo, até adormecer no pranto, e quando acorda, lembra que ele(a) não está mais ali, e queria que estivesse, queria que voltasse.

E indaga a Deus : Por que Deus? Por que?

E reclama a Deus: Eu não suporto essa dor Senhor!

Até que se acostuma com a falta. Até que se acostuma a ter de si algo extirpado, e aprende-se a viver. E aprende a sentir nova alegria em novas coisas e pessoas.

Dedico este texto para todos que perderam alguém de repente.

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