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sábado, 27 de março de 2010

Um homem pra chamar de meu


Um homem pra chamar de meu
Quanto pode uma mulher pagar para ter um homem  a quem chamar  “meu”?
 Quanto vale de tanque, de pia, de mãos de cloro, de hálito de água ardente re-fermentada, de tantas coisaa, tudo para dizer que tem um, ao menos um em todo mundo que você chama de seu, de meu, a quem você diz, “amor”?
 Pode mudar os sonhos? Pode trocá-los todos pelo “meu” ? Pode abrir mão de todo um mundo cheio de oportunidades, não mais trancafiadas no lar, mas abertas ao novo porvir. Pode trocar tudo isso, para internamente sentir-se amada? E depois, se não sentir-se mais amada? E depois que o romance acabar? O que é que vai ficar? A dor de separar, ou a dor de continuar?  Um pouco de dor, um pouco de amor?
Não se pode servir a dois senhores ao mesmo tempo,  quem escolhe a si, tem o mundo,  quem escolhe o outro renuncia ao mundo. E pode uma possoa ser feliz, entender o mistério da vida, sem renunciar a si? Pode?
E se é mesmo necessário renunciar a si, quem é esse homem, quem é esse a quem tudo renuncio para  chamar de meu? Quem é também essa mulher por quem você está disposto a renunciar?
O rio que jorra do meu coração está lamacento, as coisas do fundo vieram à tona. Não está bom para nadar.
Além do mais não estou conseguindo sintonizar.

Um comentário:

  1. Iiiiiiiiiiiiiiiiii, esse negócio de rio lamacento não está me cheirando bem !

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