Há , nos dias atuais, em BH, uma mulher. Ela é negra, banguela, e mora com um rapaz, que não sei se é o namorado dela ou  qualquer outro parentesco. Mas eles moram  juntos,  no mesmo carinho- de- mão- casa- própria, debaixo da mesma lona, dividindo o colchonete. A casa deles é bem ao lado do Juizado Especial Criminal. Mesmo sendo a casa um carrinho, desses que catadores de papel e latinhas usam, eles amarram os cachorros na coleira.
 Da última vez que passei por eles,  a senhora, que tinha apenas os  zagueiros na boca, sorria  largamente, segurando com as duas mãos o animalzinho , e o sacudia de um lado para o outro, com carinho, dizendo balbucios mimosos, como se diz a um bebê.
Foi  cena digna de registro, que deixo aqui. 


 
 
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