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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Marta Negra

 
Marta Negra
Crua e nua,
Despida de máscaras
És tu, Marta e negra
A vida não foi-te doce.
Nasceste pobre.
Tua mãe enviuvada, zarpou com  novo varão.
E tu, ficaste só, Marta, mocinha de 14 anos.
Sem ter o que comer, manga verde em lote vago foi para ti  alimento.
E foi sorte encontrar  tua patroa generosa.
Mas tu, afoita, tão logo criou asas e voou.
E agora teu ventre está cheio e carregas nova vida.
Por isso despediste do mundo, para ser toda mãe.
Não vale à pena, tu me dizes.
Tu és rude,
E tão clara é tua alma quanto negra é tua pele.
E teu coração, é tão manso quanto duro.
Marta Negra, tu me lembras uma Flor de Lótus.
 O que digo é segredo
 tu me emocionas.



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